Recaatingamento

fevereiro de 2011

14/02/2011

Protagonismo Feminino nas ações do Recaatingamento

A discussão sobre igualdade de gênero durante muito tempo era algo distante das comunidades rurais. Hoje, muita coisa ainda precisa avançar na relação de equidade entre homens e mulheres, porém, de uns para cá, o tema vem sendo pautado em diversas organizações populares que tem o público rural como base de seus trabalhos.

A participação feminina, antes limitada às tarefas domésticas e, em alguns casos, à lavoura e pecuária, hoje fortalece a organização das comunidades. Associações, sindicatos, ONG’s, entre outras, contam com mulheres nas esferas de decisões, algo que tem se intesificado nas duas últimas décadas.

Nas comunidades onde estão sendo desenvolvidas as ações do Recaatingamento – Projeto desenvolvido pelo Irpaa com o patrocínio da Petrobras – algumas associações são presididas por mulheres. Dona Antônia, vice-presidente da Associação do povoado de Fartura, em Sento Sé, diz que as mulheres da comunidade já vinham participando de outras iniciativas, mas que agora sabem realmente a importância de preservar a caatinga, o que pode ser repassado em casa, na comunidade, no trabalho coletivo com as companheiras.

A presidenta da Associação de Curral Novo, Clarice da Silva Duarte, também reforça a importância do envolvimento das mulheres nas ações do Recaatingamento e a necessidade do trabalho em conjunto, independente do gênero. “No plantio de mudas mesmo, vamos estar todos juntos: os homens fazem as covas, as mulheres ajudam a plantar e assim vamos seguindo”, exemplificou.

O Irpaa, desde sua fundação na década de 1990, tem atentado para a necessidade das mulheres também assumirem papéis na luta por direitos e qualidade de vida no Semiárido. Essas lideranças comunitárias tem cumprido papel estratégico na mobilização das comunidades, além de se dedicarem ao trabalho coletivo e às novas formas de Convivência com o Semiárido que aprendem em cada ação deste e de outros projetos.

11/02/2011

Comunidade de Curral Novo inicia plantio de mudas

O trabalho coletivo mais uma vez ganhou destaque nas ações do Projeto Recaatingamento. Iniciou esta semana o plantio de mudas nativas da caatinga icentivado pelo Irpaa através do Projeto Recaatingamento, que é desenvolvido em comunidades agropastoris e extrativistas com o patrocínio da Petrobras.

Em mutirão, moradores de Curral Novo plantaram, nesta primeira etapa, mudas de umbuzeiro, as quais ocuparão uma média de 12 hectares de uma área que será utilizada para plantio de outras espécies nativas da caatinga como pau ferro, aroeira, juazeiro, umburuçu, anjico, umburana de cheiro e de cambão, além de cactus e bromélias.

As mudas foram produzidas em um viveiro construído na comunidade no mês de julho de 2010 e serão distribuídas em parte de uma área coletiva de 180 ha que foi escolhida pela comunidade. O restante da área será recaatingada naturalmente, através da ação dos pássaros, do vento, da chuva que se encarregam de espalhar sementes nas proximidades das árvores cultivadas.

Na comunidade de Curral Novo e região circunvizinha muitas famílias se mantém a partir da atividade extrativista e da agropecuária, práticas estas que dependem diretamente da preservação da caatinga. Através deste e de outros projetos, o Irpaa tem atuado no distrito de Massaroca no sentido de envolver as comunidades nas ações de recuperação e uso sustentável da vegetação nativa, incentivando práticas como o recaatingamento, o beneficiamento de frutas, o cooperativismo e associativismo, educação contextualizada, agroecologia, captação de água de chuva, entre outras formas de convivência com o semiárido, aproveitando de forma responsável suas potencialidades.

4/02/2011

Extrativismo com responsabilidade socioambiental é base para Convivência com o Semiárido

A experiência da Cooperativa de Agricultores Familiares de Canudos, Uauá e Curaçá – COOPERCUC, hoje está voltada para o processamento do leite e de frutas como manga, goiaba, banana, maracujá amarelo e maracujá da caatinga, mas o umbuzeiro ainda é a principal árvore que fornece a matéria-prima para a produção da cooperativa.

A responsabilidade de estar entre as cinco cooperativas no Brasil que possuem o selo nacional da Agricultura Familiar, garante também que os produtos processados e embalados nas 13 unidades hoje existentes são resultados de um processo que se preocupa com a qualidade de vida e autonomia das famílias e, principalmente, com a preservação ambiental.

Todos os produtos utilizados na fabricação dos doces, geléias, iogurtes, compotas são de origem orgânica, assim como o açúcar. Outros materiais como as embalagens também são oriundos de empreendimentos da Agricultura Familiar.

No cuidado com a caatinga, a colheita do umbu, por exemplo, é feita seguindo normas que garantem o cuidado com a árvore e com a saúde dos/as produtores/as. Para isso, as pessoas usam roupas e calçados adequados e colhem os frutos com a mão, sem sacudir os galhos. Para produzir o picles do xilopódio de umbuzeiro (raiz ou batata da planta) mudas são plantadas especificamente para isto, sem precisar extrair a raíz das árvores já existentes, o que mataria o umbuzeiro.

Outro cuidado importante é com a lenha usada nas caldeiras das mini-fábricas, a qual deve, obrigatoriamente, ser de árvores mortas ou da algaroba que é uma planta exótica e de fácil proliferação. Nas comunidades onde a algaroba ainda não existe em grande quantidade, a cooperativa tem comprado de outros povoados para suprir a demanda de lenha necessária e assim contribuir também com a geração de renda para outras famílias da região.

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2/02/2011

Moradores de comunidade Recaatingueira conhecem experiências de beneficiamento de frutas e leite através do cooperativismo

Durante os dias 25 e 26 de janeiro, um grupo de 20 homens e mulheres da comunidade de Curral Novo, distrito de Massaroca, em Juazeiro (BA), visitou o município de Uauá para conhecer experiências de produtores e produtoras que há seis anos trabalham com beneficiamento de frutas, em especial o umbu e o maracujá da caatinga, e do leite.

O intercâmbio faz parte da proposta do Projeto Recaatingamento, que conta com o patrocínio da Petrobras e irá construir uma unidade de beneficiamento na comunidade de Curral Novo. Na oportunidade, o grupo iniciante conheceu o procedimento realizado
pelos 16 grupos que hoje estão organizados no trabalho de cooperativismo desenvolvido pela Cooperativa de Agricultores Familiares de Canudos, Uauá e Curaçá – COOPERCUC.

O histórico da cooperativa, as principais dificuldades, as conquistas e as expectativas para os próximos anos foram os principais destaques nas falas das/os cooperados que receberam o grupo nas unidades de beneficiamento. Além disso, uma palestra sobre administração e auto-gestão encerrou a atividade. Para o vice-presidente de associação da comunidade, Raimundo Arcanjo de Lima, a comunidade já participou de cursos e já sabe um pouco do trabalho que deverá ser feito para beneficiamento do umbu e outras matérias-primas, mas a visita contribuiu muito com  a organização que se inicia na comunidade rural de Massaroca. Clique para ler o texto completo »

1/02/2011

Armazenamento de plantas da caatinga contribui para viabiliddade da caprinovinocultura no Semiárido

Uma das atividades mais comuns nas comunidades rurais do semiárido é a criação de animais, principalmente caprinos e ovinos. Muitos desses animais são criados em área de fundo de pasto, por isso se alimentam de plantas forrageiras da caatinga, a exemplo da jurema, favela, catingueira, canafístola, malva, umburana, mandioca brava, marmeleiro, quebra-facão.

No período chuvoso, a caatinga verde torna-se campo fértil para os animais que tem essas e outras plantas em abundância. Para garantir que o rebanho possa usufruir da alimentação forrageira no período da estiagem, época em que a folhagem da caatinga desaparece, uma prática recomendável é a fenação. Esta forma de armazenamento de alimentação animal contribui com o desenvolvimento da caprinovinocultura, uma vez que fornece para o rebanho um complemento alimentar com alto valor nutritivo, além de não não trazer custos para o produtor.

Por ser um complemento alimentar, o feno geralmente é reservado para animais jovens ou que estejam se recuperando de alguma enfermidade, animais reprodutores e fêmeas lactantes. É importante que as variedades de plantas sejam armazenadas separadamente, mas que ao oferecer aos animais estejam misturadas para que haja o equilíbrio dos nutrientes contidos em cada espécie. Em ordem crescente, a mandioca brava, jurema, favela e catingueira, possuem maior valor nutricional. Algumas plantas, como a maniçoba e o angico, também usadas na produção de feno, só são ingeridas após a desidratação das folhas, pois contém um princípio ativo tóxico, o qual é eliminado no processo de fenação.

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