Recaatingamento

Geral

8/04/2011

O envolvimento da família reforça a importância de preservar a caatinga

Na comunidade de Serra dos Campos Novos, em Uauá, pai, mãe e filho/a participaram juntos do plantio de mudas do Projeto Recaatingamento. Um total de 20 famílias plantaram árvores nativas como umbuzeiro, aroeira, jurema somando uma média de 500 mudas plantadas em área protegida por cerca elétrica. Em Pau-Ferro, zona rural de Curaçá, o Projeto também realizou a atividade, reunindo moradores e moradoras para plantar aproximadamente 300 mudas de variedades vegetais da caatinga.

Nas duas atividades a participação das crianças teve destaque, sendo que em alguns casos estas encontravam-se acompanhadas dos pais e mães. O envolvimento da família tem sido algo relevante no projeto, conforme destaca a técnica Lourdes de Almeida que acompanha o trabalho em algumas das comunidades recaatingueiras.

A concientização das crianças, seja por meio das atividades na escola ou na própria comunidade, confirma a eficácia do caráter pedagógico presente no projeto. O Irpaa, em seus projetos e ações, sempre busca envolver toda a família, ressaltando a importância de cada membro na prática cotidiana da preservação ambiental e Convivência com o Semiárido e isto tem sido feito também pelo Projeto Recaatingamento.

31/03/2011

Projeto Recaatingamento é pioneiro no uso de cerca elétrica em área a ser preservada

Iniciado em outubro de 2010, o Recaatingamento com comunidades agropastoris e extrativistas, é um projeto que vem provocando ações importantes para a preservação da caatinga nas comunidades de Curral Novo em Juazeiro, Fartura em Sento Sé, Melancia em Casa Nova, Poço do Juá em Sobradinho, Serra dos Campos Novos em Uauá, Angico em Canudos e Pau Ferro em Curaçá.

Desenvolvido pelo Irpaa com o patrocínio da Petrobras, o projeto apresenta uma experiência ainda pouco comum no Nordeste e inédita em Fundo de Pasto (áreas coletivas): a cerca elétrica para proteção de área preservada. Economica e ecologicamente mais viável do que a cerca convencional feita de arame farpado, esse tipo de cerca é uma novidade também em comunidades Fundo de Pasto, onde são criados caprinos, ovinos, jumentos de forma coletiva.

A utilização da cerca deve-se a necessidade de isolar as extensões a serem recaatingadas para proteger as plantas cultivadas da ação herbívora desses animais. Entretanto, a cerca não provoca uma barreira mecânica, mas sim psicológica, fazendo com que os animais, aos poucos, sejam condicionados a não entrarem na área cercada. De acordo com o engenheiro florestal do Projeto, Markus Breuss, esta tecnologia é de alta tensão, mas usa impulsos muito curtos de eletricidade (um milésimo de segundo) por isso não causa danos aos animais nem as pessoas. Ainda assim, ressalta Breuss, “é preciso um certo período de aprendizagem para os animais se adaptarem à barreira psicológica proporcionada pela cerca”.

Envolvimento das comunidades

Para que a comunidade conhecesse essa tecnologia antes do cercamento da área, os técnicos do projeto viabilizaram a “Escolinha cerca elétrica” como forma de demostração. Após cursos e oficinas para preparação das comunidades e compreensão do projeto, as áreas destinadas para preservação são cercadas por meio de mutirões, onde o projeto garante o material e orientação técnica e a comunidade a mão de obra.

Após o período necessário para as árvores plantadas se estabelecerem, média de cinco a oito anos, o material pode ser reutilizado pela comunidade para cercar outro local a ser preservado. A dinâmica do trabalho coletivo favorece esta ação, uma vez que pode ser desenvolvida posteriormente pela própria comunidade, independente do projeto.

Cerca elétrica x Cerca convencional

A cerca convencional de modo geral é feita com nove fios de arame farpado. Além disso, usa um grande número de estacas de madeiras, muitas vezes retiradas da própria caatinga.

Já a cerca elétrica adotada pelo Recaatingamento é ecológica e apresenta um custo bem menor, pois suas estacas são de algaroba, uma planta exótica, e requer um número bem menor de estacas, mais finas, fixadas num espaço de 10 em 10 metros uma da outra e com 5 fios de arame, o que reduz o custo a um terço, se comparado à cerca convencional.

31/03/2011

Comunidades rurais de Casa Nova se reúnem em mutirão para plantio de mudas da caatinga

Moradores da comunidade de Melancia, a 45 Km da sede de Casa Nova, participaram de mais um mutirão para plantio de espécies nativas da caatinga, mais uma ação do Projeto Recaatingamento que já realizou também atividades coletivas para construção de viveiro de mudas e instalação de cerca elétrica para proteção da área a ser recaatingada.

O plantio de mudas de umbuzeiro e plantas forrageiras da caatinga é uma forma de preservar a diversidade ambiental das áreas de Fundo de Pasto e garantir o alimento tanto para o rebanho quanto as possibilidades de extrativismo feito pelas famílias que moram nas comunidades.

A atividade contou com a participação de moradores de povoados vizinhos e teve o acompanhamento de técnicos do Irpaa que atuam projeto. Na oportunidade houve também a ativação da cerca elétrica, economica e ecologicamente viável, instalada para cercar uma área de 48 hectares.

Além do plantio, a ação do vento, da chuva, dos pássaros permitem a sucessão natural da vegetação, o que legitima o Recaatingamento como uma importante forma de preservação da caatinga.

Na comunidade de Melancia e região circunvizinha, muitas famílias se mantém a partir da atividade extrativista e da agropecuária, dependendo diretamente da caatinga, portanto. Atividades como apicultura e o beneficiamento de frutas e derivados da caprinovinocultura, além do extrativismo de frutas da caatinga são formas de geração de renda que se destacam nas comunidades da zona rural do município.

Aliado a isso, o uso das diversas tecnologias de captação e armazenamento da água de chuva são experiências encontradas nas comunidades, comprovando a viabilidade da Convivência com o Semiárido. O Irpaa tem atuado em algumas comunidades rurais de Casa Nova, incentivando a poulação a buscar alternativas que garantam a permanência no campo.

 

17/03/2011

Comunidade de Fartura se anima com o plantio de espécies da caatinga

O plantio de dezenas de mudas de umbuzeiro animou as famílias da comunidade de Fartura e região circunvi zinha, interior de Sento-Sé no Norte da Bahia. A ação faz parte do Projeto Recaatingamento, exe cutado pelo Irpaa com o patrocínio da Petrobras, que tem como proposta proteger e recuperar áreas de caatinga que estão em processo de degradação, oferecendo também condições de melhorias para as famílias rurais por meio do manejo da produção agropecuária.

Nos próximos dias, outras espécies frutíferas e forrageiras que geram alimentos tanto para as pessoas como para os animais, serão plantadas em uma área total de 131 hectares. As mudas são cultivadas pela própria comunidade em viveiro construído para este fim.

 

Por que priorizar o plantio do umbuzeiro?

Um dos técnicos em agropecuária atuante no Projeto, José Adelmo, que orientou o trabalho na comunidade, lembra que os solos arenosos da área, cujo plantio é feito através de adubação orgânica (a base de esterco de animais), promete um resultado bastante produtivo em pouco tempo. As mudas serão em breve enxertadas com galhos de umbuzeiros prestes a brotar os frutos, explica. Adelmo comenta ainda que além da produção de umbu e outras espécies da caatinga, a área também vai se transformar em berçário para reprodução de alguns animais que já habitam o local, a exemplo de espécies do tatu, como o peba e o tatu-bola que em muitas regiões estão ameaçados de extinção.

O jovem Manoel Junior, agente ambiental do Recaatingamento na comunidade, afi rma que as famílias se animaram principalmente porque o plantio da área a ser recaatingada começou exatamente com umbuzeiros, fruta silvestre muito apreciada e que pode gerar muitas melhorias para as famílias de Fartura, pois a comunidade será em breve contemplada com uma minifábrica de beneficiamento de frutas. Segundo Manoel, a produção do umbu e o beneficiamento da fruta na fabricação de doces, sucos, compotas e outros derivados, vai proporcionar uma excelente opção de renda para as famílias da comunidade.

A perspectiva de melhorias no ponto de vista produtivo também faz parte do Projeto Recaatingamento, que a partir de uma ação de preservação ambiental, agrega outras formas das famílias produzirem seus sustentos sem degradar a caatinga.

 

14/02/2011

Protagonismo Feminino nas ações do Recaatingamento

A discussão sobre igualdade de gênero durante muito tempo era algo distante das comunidades rurais. Hoje, muita coisa ainda precisa avançar na relação de equidade entre homens e mulheres, porém, de uns para cá, o tema vem sendo pautado em diversas organizações populares que tem o público rural como base de seus trabalhos.

A participação feminina, antes limitada às tarefas domésticas e, em alguns casos, à lavoura e pecuária, hoje fortalece a organização das comunidades. Associações, sindicatos, ONG’s, entre outras, contam com mulheres nas esferas de decisões, algo que tem se intesificado nas duas últimas décadas.

Nas comunidades onde estão sendo desenvolvidas as ações do Recaatingamento – Projeto desenvolvido pelo Irpaa com o patrocínio da Petrobras – algumas associações são presididas por mulheres. Dona Antônia, vice-presidente da Associação do povoado de Fartura, em Sento Sé, diz que as mulheres da comunidade já vinham participando de outras iniciativas, mas que agora sabem realmente a importância de preservar a caatinga, o que pode ser repassado em casa, na comunidade, no trabalho coletivo com as companheiras.

A presidenta da Associação de Curral Novo, Clarice da Silva Duarte, também reforça a importância do envolvimento das mulheres nas ações do Recaatingamento e a necessidade do trabalho em conjunto, independente do gênero. “No plantio de mudas mesmo, vamos estar todos juntos: os homens fazem as covas, as mulheres ajudam a plantar e assim vamos seguindo”, exemplificou.

O Irpaa, desde sua fundação na década de 1990, tem atentado para a necessidade das mulheres também assumirem papéis na luta por direitos e qualidade de vida no Semiárido. Essas lideranças comunitárias tem cumprido papel estratégico na mobilização das comunidades, além de se dedicarem ao trabalho coletivo e às novas formas de Convivência com o Semiárido que aprendem em cada ação deste e de outros projetos.

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