Recaatingamento

julho de 2011

19/07/2011

Produtos da caatinga devem ser valorizados nos programas de alimentação escolar

Com a influência do CONSEA – Conselho de Segurança Alimentar, o governo federal e governos locais tem mantido programas públicos, a exemplo do PAA – Programa de Aquisição de Alimentos e do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, que hoje prevê a compra de pelo menos 30% de alimentos da agricultura familiar local para ser consumido na alimentação escolar.

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19/07/2011

Uso ornamental da caatinga exige preservação das espécies

A Caatinga é o quarto bioma mais extenso do Brasil, chegando a ocupar 70% da região Nordeste e 11% do território nacional. Apesar de aparecer sempre relacionada ao fenômeno da seca, a flora da caatinga apresenta um grande potencial ornamental e produtivo. A maioria das espécies vegetais da caatinga possui características xerofíticas, como espinhos, folhas pequenas e finas. O ciclo fenológico é curto com perca de folhas na estação seca, as raízes são tuberosas e as sementes adormecem. No entanto, todas essas propriedades facilitam a sobrevivência das plantas no ecossistema.

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18/07/2011

Caatinga oferece condições naturais para a criação de caprinos e ovinos

A proposta de Convivência com o Semiárido hoje defendida por diversas organizações, inclusive governamentais, apresenta a viabilidade da pecuária de pequeno porte, com destaque para a criação de cabras e ovelhas. Estes animais, de acordo com Egnaldo Xavier, consultor de empreendimentos da agricultura familiar no Semiárido, são adaptados ao clima, possuem características físicas adaptadas à região, aos solos e aproveitam bem da alimentação natural que as plantas da caatinga oferecem.

Os animais, assim como os seres humanos, precisam de uma alimentação diversificada e rica em nutrientes. A caatinga, por sua vez, oferece uma variedade de espécies ricas em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros elementos necessários para o sustento e crescimento da criação.

Considerando oDa preservação depende também a qualidade dos produtos derivados da caprinovinocultura praticada na região. Mas, para além da ação das comunidades, é preciso que haja investimentos neste setor, oferecendo, por exemplo, melhorias no processo de beneficiamento e comercialização ainda muito fragilizados e assim gerar mais resultados para os pequenos criadores do sertão.

Se a região já oferece suas condições naturais para a pratica da caprinovinocultura, é importante que as políticas públicas regionais proporcionem melhorias desta atividade, uma vez que criadores de cabras e ovelhas sabem potencializar as riquezas que a caatinga oferece.

18/07/2011

Ocupação do Semiárido com gado bovino é um dos fatores que levaram à devastação da caatinga

Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram populações nativas convivendo em harmonia com a natureza. A partir de 1530, começaram a dizimar essas populações, chamadas de índios, para a conquista e a exploração da terra e seus recursos naturais, no entanto no início tudo se dava no litoral.

No Semiárido, as mudanças mais drásticas começaram por volta de 1640, através do Rio São Francisco, quando os portugueses trouxeram os bois para abastecer de carne e couro, as cidades e as fazendas de cana-de-açúcar do litoral. A criação de gado bovino foi uma das primeiras formas de ocupação não apropriada do Semiárido, seguida pela derruba de longas áreas de caatinga e o domínio do latifúndio.

O boi é um animal de grande porte, que consome 53 litros de água por dia e come a quantidade de pasto suficiente para alimentar oito cabras. Embora tenha sido introduzido na região há mais de 300 anos, não se adaptou bem ao clima, por essa razão a imagem de vacas caídas nos períodos de longa estiagem sempre foi comum e a carcaça de um boi morto se tornou um dos símbolos da seca no nordeste.

Para se criar gado, em geral se derruba longas extensões de caatinga para plantar capim, base da alimentação dos bovinos. No entanto, em poucos anos essa área torna-se infértil, iniciando a desertificação, onde não nasce mais capim e também não volta a existir a vegetação nativa.

Atualmente cerca de 50 % da caatinga já foi totalmente devastada e de acordo com o Ibama, aproximadamente 80 % da região já sofreu alterações drásticas pela ação humana. Por essa razão, é necessário a adoção de práticas de recuperação ambiental, a exemplo do que está sendo proposto pelo Projeto Recaatingamento em sete municípios do norte da Bahia. A iniciativa executada pelo Irpaa, conta com o patrocínio da Petrobras e tem atuado na recuperação de áreas degradadas na caatinga, numa parceria com comunidades agropastoris e extrativistas.

18/07/2011

Plantio consorciado na caatinga ajuda a evitar a desertificação

É comum encontrar na caatinga plantas forrageiras que resistem à estiagem, mantendo-se verde e por vezes floridas, mesmo no período de ausência total das chuvas. Este tipo de vegetação é ideal para fazer pastagens consorciadas, uma forma de evitar a desertificação, sobretudo em áreas onde se planta capim.

O plantio no sistema de consórcio favorece o pasto, uma vez que os animais podem se alimentar do capim e também das árvores plantadas, aproveitando também suas sombras. As árvores também impedem que o vento leve a poeira e que a chuva arraste a terra, além disso produzem vagens, o que facilita o plantio induzido de novas plantas na área a partir da ação do vento, dos pássaros e de outros animais.

Estas espécies vegetais são adaptadas ao clima semiárido, por isso mantém o mesmo aspecto durante todo o ano. Além dos cactos, há em grande número espécies nativas como umbuzeiro, mororó e canafístula ou exóticas como a leucena e a algaroba, entre outras.

Na zona rural de Sento Sé, a produtora Antônia Rodrigues aprendeu a aproveitar sua propriedade para fazer plantio consorciado de gliricídia, leucena e capim após participar das formações realizadas pelo Projeto Recaatingamento, que é desenvolvido pelo Irpaa na região de Fartura e em outras seis comunidades Fundo de Pasto do Território Sertão do São Francisco – Bahia.

Iniciativas como estas podem contribuir muito para evitar a desertificação, que se caracteriza pela infertilidade do solo, antes produtivo, que passa a ter terras lavadas e soltas pela erosão, impedindo o crescimento de qualquer vegetação, mesmo com grande quantidade de chuvas. O Recaatingamento, que tem o patrocínio da Petrobras, vem contribuindo para o entendimento das famílias quanto a importância de preservar a caatinga e assim garantir a sustentabilidade ambiental da região.

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