Destaques
23/05/2011
Entre os dias 16 e 19 de maio, o Irpaa realizou no Centro de Treinamento Vargem da Cruz, em Juazeiro, o IV Seminário de Hidroestesia no Semiárido. A hidroestesia é a sensibilidade que algumas pessoas possuem para identificar a existência de fontes de água no subsolo.
Participaram do evento homens e mulheres que apresentaram diversas experiências desenvolvidas no Semiárido, mais especificamente em estados como Bahia, Paraíba, Ceará e Piauí. Além da socialização dos resultados e dificuldades, o grupo contou com oficina temática seguida de debate sobre: Legislação dos Recursos Hídricos; Cobrança de Usos da Água; Rio São Francisco: Problemas e Desafios; e Mudanças Climáticas.
Os debates apontaram as dificuldades e principais impactos do trabalho de hidroestesia nas comunidades rurais, discutindo também os resultados e sugestões para aprimoramento desta prática. De acordo com o hidroestesista Francisco das Chagas, de São Raimundo Nonato – PI, o seminário vem aprimorar a técnica que as/os participantes já possuem, potencializando a localização de fontes de água, e portanto, contribuindo diretamente para o aumento da oferta hídrica no Semiárido.
No dia 18 (quarta-feira) as/os participantes visitaram a região de Massaroca para conhecer experiências como o barreiro trincheira e a recuperação de caatinga degradada, na comunidade de Curral Novo, por meio do Projeto Recaatingamento, uma iniciativa do Irpaa, com patrocínio da Petrobras.
Os/as participantes ainda visitaram a Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro, onde puderam ter momentos de lazer e também, conhecer e discutir os problemas e desafios existentes hoje na Bacia do Rio São Francisco.
19/05/2011
Murais com fotografias e colagens, mostra de plantas da caatinga e exposição de textos são alguns exemplos de práticas educativas que tem feito parte do cotidiano da escola Laurentino do Santos, localizada na comunidade de Fartura, a 87 km da sede se Sento Sé.
A iniciativa é reultado das formações realizadas pelo Irpaa através do Projeto Recaatingamento, que desde 2009, com o patrocínio da Petrobras, está sendo desenvolvido em sete comunidades fundo de pasto do Território Sertão do São Francisco, dentre estas Fartura. Tendo a educação ambiental como uma das linhas de ação do Recaatingamento, o incentivo à construção de projetos didáticos voltados para esta temática tem sido uma das prioridades desta linha.
Para isso são realizados encontros de formação e oficinas com professores/as, com o objetivo de elaborar os projetos a serem executados nas escolas a partir da realidade na qual cada uma delas está inserida. Segundo Ângelo Nery, integrante do Eixo Educação do Irpaa, o propósito da oficina é trabalhar a pedagogia de projetos no sentido de ajudar as/os professores/as a compreenderem a importância da construção do projeto didático contextualizado.
Nestes encontros, o debate sobre a proposta de Convivência com o Semiárido aponta reflexões sobre o papel estratégico da educação nesse sentido, a partir, princiapalmente da perspectiva da educação contextualizada e da integração com a comunidade. Muitos professores/as já trabalham práticas de educação ambiental, mas garantem que a formação tem ajudado a qualificar e a trazer maiores resulatdos para a conscientização das/os estudantes e da comunidade.
Engajados/as no projeto, educadores das escolas dos povoados de Fartura, Cabeluda e Limoeiro estão construindo um projeto didático integrado, o qual tem como tema “Recaatingamento: conservação e recuperação” e prevê a realização de estudos no campo, pesquisas, entrevistas, além de atividades práticas.
Leia poema feito por professora da comunidade de Fartura
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10/05/2011
Com um potencial turístico que vai desde o Rio São Francisco até sítios arqueológicos, o município de Sobradinho (BA) dispõe de locais na área de caatinga que atraem visitantes de diversas regiões, em sua maioria estudantes e pesquisadores/as. Esses lugares são apropriados para o turismo ecológico, uma forma de o potencial da região, com a preocupação de preservar os recursos naturais disponíveis.
A área rural do município é rica em serras, riachos e possui ainda grande área de caatinga preservada. A fauna ainda conta com diversas espécies nativas, apesar de muitas já estarem ameaçadas de extinção, a exemplo da onça, papagaio, tatu, veado caatingueiro, entre outros.
Outro elemento que atrai pessoas para conhecer a região são as pinturas rupestres, caracterizadas por desenhos nas rochas e paredões. Estudos antropológicos baseados nestes indícios apontam que aproximadamente 9 mil anos antes da formação da cidade de Sobradinho, grupos pré-históricos habitavam, por exemplo, a região que hoje é conhecida como São Gonçalo da Serra, a 27 quilômetros da sede do município.
Apesar do potencial turístico, a cidade não conta com investimentos neste setor. De acordo com moradores do município, não há valorização da região nem mesmo por parte das/dos sobradienses. A ação de preservar e recuperar áreas degradadas se torna, portanto, indispensável. O poder público e a comunidade precisam colocar em prática ações que garantam a sustentabilidade ambiental, social e cultural da região. Clique para ler o texto completo »
27/04/2011
Reconhecendo a importância da caatinga e a necessidade de preservação ou até mesmo recuperação de áreas degradadas, pela ação humana principalmente, o Governo Federal criou, em 2003, o Dia Nacional da Caatinga. A data escolhida é uma homenagem ao pesquisador pernambucano João Vasconcelos Sobrinho, considerado pioneiro no estudo da Caatinga.
A caatinga é tida como único bioma exclusivamente brasileiro. Sua biodiversidade de espécies vegetais e animais são, na maioria, exclusivas dessa área de 740 mil Km², que ocupa 11% do Território Nacional. Essa extensão abrange oito estados da região Nordeste e o Norte de Minas Gerais.
As espécies vegetais passam boa parte do ano hibernando, ou adormecidas, a espera da chuva que geralmente ocorre entre os meses de outubro e março, período de grande mudança na paisagem, quando o cinza dá lugar ao verde.
Abaixo, fotografias do Ensaio fotográfico “Caatinga: Seca e Verde”, de Érica Daiane.
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14/04/2011
Temáticas como “Lixo na escola e na comunidade”, “Água na comunidade” e “Conservação e recuperação da caatinga” estão sendo trabalhadas por educadores/as dos municípios de Uauá e Curaçá que participaram de oficina de elaboração de projetos didáticos voltados para a temática Meio Ambiente.
A oficina aconteceu nos dias 11 e 12, em Uauá, e contou com a participação de 30 professores/as, coordenadores/as e diretores/as que discutiram a importância de trabalhar esta temática em sala de aula, tendo em vista a utilização dos projetos didáticos como instrumentos que fortalecem a prática da educação contextualizada.
Esta é mais uma ação do Projeto Recaatingamento, desenvolvido pelo Irpaa em sete comunidades, dentre estas Serra dos Campos Novos, em Uauá e Pau-Ferro, em Curaçá. O projeto, que tem o patrocínio da Petrobras, tem a educação ambiental contextualizada como uma das linhas de ação.
Depoimentos de participantes da oficina esclarecem que este tipo de formação tem contribuído muito para o entendimento da função do projeto didático, fazendo com que a escola tenha mais informações sobre a elaboração e utilização deste instrumento pedagógico essencial para resolução dos problemas a partir da ação integrada das disciplinas que compõem o currículo escolar.
A metodologia da oficina, proposta por dois profissionais do Irpaa que atuam na área da pedagogia, priorizou o trabalho de grupo, onde foram construídos projetos didáticos com temas definidos de acordo com a realidade de cada escola. Esses projetos serão implementados pela comunidade escolar e, posteriormente, outro encontro irá avaliar a execução dos mesmos.
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