Recaatingamento

maio de 2011

26/05/2011

IRPAA e AATR realizam mais uma etapa do Curso de Formação de Juristas Leigos/as

Com conteúdos voltados para “Direito Agrário e Fundos de Pasto”, aconteceu entre os dias 19 e 21, no Centro de Treinamento Vargem da Cruz, a segunda etapa do Curso de Formação de Juristas Leigos/as para comunidades tradicionais Fundo de Pasto da região. A iniciativa é uma parceria entre o IRPAA e a Associação de Advogados dos Trabalhadores Rurais da Bahia – AATR.

O encontro contou com 40 pessoas de comunidades envolvidas no Projeto Recaatingamento – desenvolvido pelo IRPAA com o patrocínio da Petrobras – além de representantes do movimento Fundo de Pasto, membros de associações e sindicatos rurais da região norte da Bahia, em um total de 11 municípios representados.

Nesta segunda etapa, as discussões tiveram como foco a história da posse e da ocupação da terra no Brasil e o embasamento legal para concessão de uso da mesma, abordando também os principais desafios enfrentados pelo movimento Fundo de Pasto no estado. De acordo com uma das estagiárias da AATR, Maria José Andrade, que está acompanhando as etapas junto com as advogadas Tatiana Dias e Joice Bonfim, o diferencial deste curso é que é voltado para comunidades tradicionais Fundo de Pasto. “Não só nos módulos, mas também na metodologia, a gente procura ressaltar a realidade dessas comunidades, as situações, o histórico da região”, destaca a estudante de Direito da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Os próximos módulos irão tratar de Direito Ambiental e Políticas Públicas, temas que estão diretamente ligados a realidade das comunidades tradicionais. Para o Agente Ambiental do Projeto Recaatingamento na comunidade de Pau Ferro, em Curaçá, José Floriano Varjão, essa é uma oportunidade importante de ter conhecimento jurídico e argumentos que possam contribuir com a luta do movimento Fundo de Pasto.

Segundo o colaborador do IRPAA e coordenador do Projeto Recaatingamento, José Moacir dos Santos, esta é uma iniciativa prevista no projeto e que foi proposta a partir da identificação da necessidade das comunidades discutirem a questão legal e assim procurarem se proteger legalmente. Moacir acredita que a formação “vai ajudar as comunidades a compreenderem como o sistema jurídico do Brasil interpreta a vida das comunidades tradicionais e como a gente pode viver dentro desta jurisdição e também influenciar mudanças necessárias”.

23/05/2011

Irpaa realiza seminário de Hidroestesia

Entre os dias 16 e 19 de maio, o Irpaa realizou no Centro de Treinamento Vargem da Cruz, em Juazeiro, o IV Seminário de Hidroestesia no Semiárido. A hidroestesia é a sensibilidade que algumas pessoas possuem para identificar a existência de fontes de água no subsolo.

Participaram do evento homens e mulheres que apresentaram diversas experiências desenvolvidas no Semiárido, mais especificamente em estados como Bahia, Paraíba, Ceará e Piauí. Além da socialização dos resultados e dificuldades, o grupo contou com oficina temática seguida de debate sobre: Legislação dos Recursos Hídricos; Cobrança de Usos da Água; Rio São Francisco: Problemas e Desafios; e Mudanças Climáticas.

Os debates apontaram as dificuldades e principais impactos do trabalho de hidroestesia nas comunidades rurais, discutindo também os resultados e sugestões para aprimoramento desta prática. De acordo com o hidroestesista Francisco das Chagas, de São Raimundo Nonato – PI, o seminário vem aprimorar a técnica que as/os participantes já possuem, potencializando a localização de fontes de água, e portanto, contribuindo diretamente para o aumento da oferta hídrica no Semiárido.

No dia 18 (quarta-feira) as/os participantes visitaram a região de Massaroca para conhecer experiências como o barreiro trincheira e a recuperação de caatinga degradada, na comunidade de Curral Novo, por meio do Projeto Recaatingamento, uma iniciativa do Irpaa, com patrocínio da Petrobras.

Os/as participantes ainda visitaram a Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro, onde puderam ter momentos de lazer e também, conhecer e discutir os problemas e desafios existentes hoje na Bacia do Rio São Francisco.

19/05/2011

Preservação da caatinga é tema de Projetos Didáticos em escolas rurais de Sento Sé

Murais com fotografias e colagens, mostra de plantas da caatinga e exposição de textos são alguns exemplos de práticas educativas que tem feito parte do cotidiano da escola Laurentino do Santos, localizada na comunidade de Fartura, a 87 km da sede se Sento Sé.

A iniciativa é reultado das formações realizadas pelo Irpaa através do Projeto Recaatingamento, que desde 2009, com o patrocínio da Petrobras, está sendo desenvolvido em sete comunidades fundo de pasto do Território Sertão do São Francisco, dentre estas Fartura. Tendo a educação ambiental como uma das linhas de ação do Recaatingamento, o incentivo à construção de projetos didáticos voltados para esta temática tem sido uma das prioridades desta linha.

Para isso são realizados encontros de formação e oficinas com professores/as, com o objetivo de elaborar os projetos a serem executados nas escolas a partir da realidade na qual cada uma delas está inserida. Segundo Ângelo Nery, integrante do Eixo Educação do Irpaa, o propósito da oficina é trabalhar a pedagogia de projetos no sentido de ajudar as/os professores/as a compreenderem a importância da construção do projeto didático contextualizado.

Nestes encontros, o debate sobre a proposta de Convivência com o Semiárido aponta reflexões sobre o papel estratégico da educação nesse sentido, a partir, princiapalmente da perspectiva da educação contextualizada e da integração com a comunidade. Muitos professores/as já trabalham práticas de educação ambiental, mas garantem que a formação tem ajudado a qualificar e a trazer maiores resulatdos para a conscientização das/os estudantes e da comunidade.

Engajados/as no projeto, educadores das escolas dos povoados de Fartura, Cabeluda e Limoeiro estão construindo um projeto didático integrado, o qual tem como tema “Recaatingamento: conservação e recuperação” e prevê a realização de estudos no campo, pesquisas, entrevistas, além de atividades práticas.

Leia poema feito por professora da comunidade de Fartura

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10/05/2011

Edição 22

 

10/05/2011

Turismo ecológico: possibilidade de investimentos em área de Recaatingamento

Com um potencial turístico que vai desde o Rio São Francisco até sítios arqueológicos, o município de Sobradinho (BA) dispõe de locais na área de caatinga que atraem visitantes de diversas regiões, em sua maioria estudantes e pesquisadores/as. Esses lugares são apropriados para o turismo ecológico, uma forma de o potencial da região, com a preocupação de preservar os recursos naturais disponíveis.

A área rural do município é rica em serras, riachos e possui ainda grande área de caatinga preservada. A fauna ainda conta com diversas espécies nativas, apesar de muitas já estarem ameaçadas de extinção, a exemplo da onça, papagaio, tatu, veado caatingueiro, entre outros.

Outro elemento que atrai pessoas para conhecer a região são as pinturas rupestres, caracterizadas por desenhos nas rochas e paredões. Estudos antropológicos baseados nestes indícios apontam que aproximadamente 9 mil anos antes da formação da cidade de Sobradinho, grupos pré-históricos habitavam, por exemplo, a região que hoje é conhecida como São Gonçalo da Serra, a 27 quilômetros da sede do município.

Apesar do potencial turístico, a cidade não conta com investimentos neste setor. De acordo com moradores do município, não há valorização da região nem mesmo por parte das/dos sobradienses. A ação de preservar e recuperar áreas degradadas se torna, portanto, indispensável. O poder público e a comunidade precisam colocar em prática ações que garantam a sustentabilidade ambiental, social e cultural da região. Clique para ler o texto completo »

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