19/07/2011
Com a constatação de que o umbuzeiro contribui com o enriquecimento da caatinga, especialmente em áreas degradadas, tem crescido o interesse de organizações ambientais por iniciativas que garantem a reprodução desta espécie nativa da caatinga.
A Embrapa Semiárido tem desenvolvido a prática da enxertia do umbuzeiro da caatinga, considerando uma das poucas espécies endêmicas, ou seja, que só existe neste bioma, e sua importância econômica a partir do extrativismo e beneficiamento da fruta. A enxertia é uma técnica que utiliza plantas novas acopladas com galhos de plantas antigas que produzem frutos mais rapidamente. Entre 2001 e 2007, a empresa produziu 40 mil mudas de umbuzeiros que foram distribuídas para secretarias de agricultura estaduais, ONGs, associações e sindicatos rurais.
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19/07/2011
Com a influência do CONSEA – Conselho de Segurança Alimentar, o governo federal e governos locais tem mantido programas públicos, a exemplo do PAA – Programa de Aquisição de Alimentos e do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, que hoje prevê a compra de pelo menos 30% de alimentos da agricultura familiar local para ser consumido na alimentação escolar.
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19/07/2011
A Caatinga é o quarto bioma mais extenso do Brasil, chegando a ocupar 70% da região Nordeste e 11% do território nacional. Apesar de aparecer sempre relacionada ao fenômeno da seca, a flora da caatinga apresenta um grande potencial ornamental e produtivo. A maioria das espécies vegetais da caatinga possui características xerofíticas, como espinhos, folhas pequenas e finas. O ciclo fenológico é curto com perca de folhas na estação seca, as raízes são tuberosas e as sementes adormecem. No entanto, todas essas propriedades facilitam a sobrevivência das plantas no ecossistema.
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18/07/2011
A proposta de Convivência com o Semiárido hoje defendida por diversas organizações, inclusive governamentais, apresenta a viabilidade da pecuária de pequeno porte, com destaque para a criação de cabras e ovelhas. Estes animais, de acordo com Egnaldo Xavier, consultor de empreendimentos da agricultura familiar no Semiárido, são adaptados ao clima, possuem características físicas adaptadas à região, aos solos e aproveitam bem da alimentação natural que as plantas da caatinga oferecem.
Os animais, assim como os seres humanos, precisam de uma alimentação diversificada e rica em nutrientes. A caatinga, por sua vez, oferece uma variedade de espécies ricas em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros elementos necessários para o sustento e crescimento da criação.
Considerando oDa preservação depende também a qualidade dos produtos derivados da caprinovinocultura praticada na região. Mas, para além da ação das comunidades, é preciso que haja investimentos neste setor, oferecendo, por exemplo, melhorias no processo de beneficiamento e comercialização ainda muito fragilizados e assim gerar mais resultados para os pequenos criadores do sertão.
Se a região já oferece suas condições naturais para a pratica da caprinovinocultura, é importante que as políticas públicas regionais proporcionem melhorias desta atividade, uma vez que criadores de cabras e ovelhas sabem potencializar as riquezas que a caatinga oferece.
18/07/2011
Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram populações nativas convivendo em harmonia com a natureza. A partir de 1530, começaram a dizimar essas populações, chamadas de índios, para a conquista e a exploração da terra e seus recursos naturais, no entanto no início tudo se dava no litoral.
No Semiárido, as mudanças mais drásticas começaram por volta de 1640, através do Rio São Francisco, quando os portugueses trouxeram os bois para abastecer de carne e couro, as cidades e as fazendas de cana-de-açúcar do litoral. A criação de gado bovino foi uma das primeiras formas de ocupação não apropriada do Semiárido, seguida pela derruba de longas áreas de caatinga e o domínio do latifúndio.
O boi é um animal de grande porte, que consome 53 litros de água por dia e come a quantidade de pasto suficiente para alimentar oito cabras. Embora tenha sido introduzido na região há mais de 300 anos, não se adaptou bem ao clima, por essa razão a imagem de vacas caídas nos períodos de longa estiagem sempre foi comum e a carcaça de um boi morto se tornou um dos símbolos da seca no nordeste.
Para se criar gado, em geral se derruba longas extensões de caatinga para plantar capim, base da alimentação dos bovinos. No entanto, em poucos anos essa área torna-se infértil, iniciando a desertificação, onde não nasce mais capim e também não volta a existir a vegetação nativa.
Atualmente cerca de 50 % da caatinga já foi totalmente devastada e de acordo com o Ibama, aproximadamente 80 % da região já sofreu alterações drásticas pela ação humana. Por essa razão, é necessário a adoção de práticas de recuperação ambiental, a exemplo do que está sendo proposto pelo Projeto Recaatingamento em sete municípios do norte da Bahia. A iniciativa executada pelo Irpaa, conta com o patrocínio da Petrobras e tem atuado na recuperação de áreas degradadas na caatinga, numa parceria com comunidades agropastoris e extrativistas.